Sobrevivente

  Sou difícil de aturar, sou resmungona, curiosa, chata, simpática, um pouco carinhosa, tímida, humilde, briguenta, chorana e risonha ao mesmo tempo, teimosa e orgulhosa, nervosa, sonhadora, impaciente, lutadora, confiante, complicada. E claro não esquecendo louca. Mas eu sou espelho da vida que vivo. Por isso, eu tenho razões para ser como sou. A vida nem sempre foi "cruel" comigo, mas quase sempre foi dura. Tudo o que tenho hoje conquistei com o tempo. Nem sempre foi fácil, como nem sempre consegui. Já ouvi inúmeros nãos na vida. Mas nem por isso desisti. Eu quero ser mais do que sou agora mas nunca esquecendo a humildade. Já que aqueles que sobem e se esquecem de onde começaram, são mesmos do que qualquer um. E bem eu independentemente do que aconteça continuarei aqui. Esta sou eu. Uma rapariga de sorriso brilhante, que gosta de ter quem mais ama perto. Algum que nasceu com pouco, mas que quer conquistar o seu lugar neste mundo. Talvez eu ate nem seja a mais normal do ser ...

IPO. Um acrónimo que a maioria das pessoas temem. Porque? IPO significa instituto português de oncologia. Para quem não sabe, mesmo eu achando difícil, oncologia é uma especialidade médica que estuda e trata cancros.  Para terem a noção em 2015 o OCDE estimou que 1,3 milhões de pessoas de doença oncológica. Já no ano de 2018 foram diagnosticados mais de cinquenta mil novos casos. A falta de informação na sociedade faz com que doenças deste gênero sejam tão letais. Já pensaram o que acontece quando é dado um diagnóstico deste...o doente terá um inimigos implacável, que normalmente não 'joga' limpo, mas a luta é sempre a melhor opção. E quando isso acontece o corpo é um campo de batalha entre a doença e o tratamento. Eu sei todos os dados oncologicos são assustadores.  Mas...entre deixar tudo o que foi conseguido pelo teu esforço para trás e lutar mesmo que seja pelo o resto da vida...porque o sistema fica frágil e há mais probabilidade de voltar a ficar doente ou até porque alg...

Nem sempre as coisas correm como queremos, mas a verdade é que as coisas acontecem por algum motivo. Mesmo não sabendo o porquê nos devemos questionar mas nem sempre obtemos resposta. Eu sempre me questionei o porquê de gostar tanto da noite. Mas a verdade é que eu amo a noite. É como se eu e ela sempre fossemos cúmplices. Como se ela fosse algo destinado a guardar todos os meus segredos porque é isso que eu sinto. Ela já me viu totalmente desarmada, totalmente eu. Ela já me viu de todas as maneiras que conheço. Por isso é que eu me sinto tão bem com ela, me sinto eu. Não alguém que tem que aparecer perante a sociedade e que tem que ser no mínimo normal e claro tem que alcançar ou ao menos tentar chegar a perfeição. Mas eu não sou assim. Nunca quis ser algo que a sociedade impõe. Só quero ser eu, sem o julgamento do peso da maquilhagem, das roupas, dos acessórios, ou melhor dizendo o peso das marcas e da aparência. Não quero ser algo rodeado de marcas só quero ser a Sara nada mai...